Calidris minutilla (Vieillot, 1819)

Notas taxonômicas

Monotípica (Grantsau 2010).

Tringa minutilla Vieillot, 1819
Tringa wilsonia Nutall, 1834
Português
maçariquinho
Espanhol
Correlimos Menudillo
Inglês
Least Sandpiper

Categoria para a avaliação do táxon no Brasil

Dados Insuficientes (DD)

Justificativa para critério e avaliação

Calidris minutilla é espécie migratória que se reproduz do Alasca a Quebec, Terra Nova e Nova Escócia; migra no inverno para o sul dos EUA, América Central e do Sul. Os dados populacionais para o Brasil são escassos e não há clareza quanto à tendência populacional. Já em nível global, a tendência parece ser de declínio. Há indícios de risco à espécie, no Brasil, devido à perda de habitat, principalmente devido à degradação causada pela exploração petrolífera, salineira e de carcinicultura e intensa urbanização costeira. Devido a sua semelhança com outros Calidris, a identificação da espécie no campo, em censos, é dificultada, não havendo dados populacionais confiáveis. Desta forma, é necessário um maior esforço amostral em nível nacional para identificar tendências populacionais. Devido à dificuldade de determinar o estado de conservação desta espécie no Brasil, Calidris minutilla foi categorizada como Dados Insuficientes (DD).

Histórico das avaliações nacionais anteriores

não avaliado anteriormente para o Brasil.

Justificativa para a mudança

Não se aplica

Nenhuma vocalização encontrada!

Distribuição geográfica

Reproduz-se do Alasca a Quebec, Terra Nova e Nova Escócia; migra no inverno para o sul dos EUA, América Central e do Sul (até norte do Chile e centro-leste do Brasil) (van Gils & Wiersma 1996).

Ocorrências em UC

  • Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba
  • Parque Nacional de Anavilhanas
  • Parque Nacional da Lagoa do Peixe
  • Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses
  • Parque Nacional do Cabo Orange

Registros de Ocorrências

1 - Campos, C.E.C.; Naiff, R.H.; Araújo, A.S. 2008. Censo de aves migratórias (Charadriidae e Scolopacidae) da Porção Norte da Bacia Amazônica, Macapá, Amapá, Brasil. Ornithologia 3(1): 38-46. (1)

2 - Cintra, R. & Yamashita, C. 1990. Habitats, abundância e ocorrência das espécies de aves do Pantanal de Poconé, Mato Grosso, Brasil. Papéis Avulsos de Zoologia, 37(1): 1-21. (1)

3 - Cohn-Haft, M.; Whittaker, A. & Stouffer, P.C. 1997. A new look at the `species-poor` Central Amazon: the avifauna North of Manaus, Brazil. Ornithological Monographs 48: 203-235. (1)

4 - De Luca, A.C.; Develey, P.F.; Bencke, G.A. & Goerck, J.M. (orgs.). 2009. Áreas importantes para a conservação das aves no Brasil. Parte II - Amazônia, Cerrado e Pantanal. SAVE Brasil. 382p. (1)

5 - FNMA/FURG/IBAMA/NEMA-UFPel (Fundo Nacional do Meio Ambiente, Fundação Universidade Federal do Rio Grande, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Núcleo de Estudos de Meio Ambiente da Universidade Federal de Pelotas) 1999. Plano de Manejo do Parque Nacional da Lagoa do Peixe - Fase 2. 465p. (1)

6 - Henriques, L.M.P. & Oren, D.C. 1997. The Avifauna of Marajó, Mexiana and Caviana Islands, Amazon River estuary, Brazil. Revista Brasileira de Biologia 57(3): 357-382. (1)

7 - Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). 2003. Plano de Manejo do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Anexos. Brasília. 34p. (1)

8 - Larrazábal, M.E.; Azevedo-Júnior, S.M. & Pena, O. 2002. Monitoramento de aves limícolas na Salina Diamante Branco, Galinhos, Rio Grande do Norte, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, 19(4): 1081-1089. (1)

9 - Lees, A.C.; Moura, N.G.; Andretti, C.B.; Davis, B.J.W.; Lopes, E.V.; Henriques, L.M.P.; Aleixo, A.; Barlow, J.; Ferreira, J. & Gardner, T. 2013. One hundred and thirty-five years of avifaunal surveys around Santarém, central Brazilian Amazon. Revista Brasileira de Ornitologia, 21(1): 16-57. (1)

10 - Lees, A.C.; Moura, N.G.; Santana, A.; Aleixo, A.; Barlow, J.; Berenguer, E.; Ferreira, J. & Gardner, T.A. 2012. Paragominas: a quantitative baseline inventory of an eastern Amazonian avifauna. Revista Brasileira de Ornitologia, 20(2): 93-118. (1)

11 - Silva, M.; França, B.R.A.; Irusta, J.B.; Souto, G.H.B.O.; Oliveira T.M., Jr.; Rodrigues, M.C. & Pichorim, M. 2012. Aves de treze áreas de caatinga no Rio Grande do Norte, Brasil. Revista Brasileira de Ornitologia, 20(3): 312-328. (3)

12 - Sousa, M.C. 2009. As aves de oito localidades do Estado de Sergipe. Atualidades Ornitológicas, 149: 33-57. (1)

13 - Souza, E.A. ; Nunes, M.F.C.; Roos, A.L. & Araújo, H.F.P. 2008. Aves do Parque Nacional do Cabo Orange: guia de campo. ICMBio/Cemave. 80p. (1)

14 - Stotz, D.F.; Bierregaard, R.O.; Cohn-Haft, M.; Peterman, P.; Smith, J.; Wittaker, A. & Wilson, S.V. 1992. The status of american migrants in Central Amazonian Brazil. The Condor, 94: 608-621. (1)

15 - Valente, R.; Silva, J.M.C.; Straube, F.C. & Nascimento, J.L.X. (org) 2011. Conservação de aves migratórias neárticas no Brasil. Conservation International. 406p. (7)

Recuperações no SNA Net (0)
Empreendimentos (0)
Observação Pessoal (0)
Foto (0)
Vocalizações (0)

Mapa

Legenda:
Registros de Vocalizações Registros de Fotos Registros em Publicações
Registros em Coleções Registros em Empreendimentos Registros de Observação Pessoal

População

A população total já foi calculada em 100.000 indivíduos (van Gils & Wiersma 1996), mas atualmente não há uma estimativa confiável (BirdLife International 2012). Contudo, a tendência populacional global parece ser de declínio (BirdLife International 2012). Bons levantamentos populacionais são difíceis de se obter devido à distribuição esparsa da espécie e à mistura desta com outras Calidris (van Gils & Wiersma 1996).

Ocorre em pequenos números (pouco mais de uma dezena), na maior parte do ano, no complexo litorâneo da Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte (Irusta & Sagot-Martin 2011).

Informações sobre o registro ARA-FOT-

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Habitat, ecologia e história natural

Durante a migração, ocupa margens lodosas de corpos d`água interiores, zonas de maré e campos alagados. Em Sergipe, tem sido observada em habitats costeiros, principalmente praias, usadas como áreas de descanso e manguezais para forrageio (Almeida 2010). Alimenta-se de diversos invertebrados terrestres e bênticos, forrageando de dia e de noite, geralmente em bandos. Fora do período reprodutivo, a espécie é afetada significativamente pela predação por falcões. A maturidade chega após um ano de idade e há registro de indivíduos com até 17 anos de vida.

Ameaças

Sem ameaça aparente nos sítios de reprodução, mas os habitats utilizados como ponto de parada durante a migração e como sítios de invernada estão ameaçados (van Gils & Wiersma 1996). No complexo litorâneo da Bacia Potiguar, há degradação causada pela exploração petrolífera (terrestre e marinha), salineira e de carcinicultura (Irusta & Sagot-Martin 2011). Além disso, a fiação elétrica no entorno das salinas causa mortes por colisão e eletrocussão (Irusta & Cassimiro 2006, citados em Valente et al. 2011).

Pesquisas existentes e necessárias

Não são conhecidas pesquisas relevantes para a conservação do táxon no Brasil.

Ações de conservação

Esta espécie está contemplada no Plano de Ação Nacional para Conservação das Aves Limícolas Migratórias, cujo objetivo é ampliar e assegurar a proteção efetiva dos habitats críticos para as aves limícolas (ICMBio 2012).