Monotípica (Grantsau 2010).
Vulnerável (VU)
C1+2a(i)
Penelope ochrogaster é endêmica do Brasil. Atualmente, julga-se que só existam populações representativas em Goiás-Tocantins e no Mato Grosso-Mato Grosso do Sul, somando um máximo de 1.700 indivíduos maduros, divididos entre três subpopulações atuais (menos de 1000 indivíduos maduros em cada subpopulação). O desmatamento é uma ameaça, uma vez que a espécie utiliza principalmente vegetação com dossel contínuo. Considerando-se que a taxa de desmatamento do Cerrado para o futuro próximo será de 1,1% ao ano, infere-se que haverá perda de mais de 18% do habitat em três gerações (17,1 anos). Sabendo-se que há ainda pressão de caça sobre essa espécie e que essa atividade dificilmente é coibida mesmo em unidades de conservação, espera-se um declínio populacional continuado maior que 10% em três gerações. Assim sendo, P. ochrogater foi categorizada como Vulnerável (VU), pelos critérios C1+2a(i).
Vulnerável (VU) B2ab(ii) (Silveira 2008).
Não se aplica
> | Tipo de registro | Sexo | Idade | U.F. | Cidade | Em U.C? | Data do registro |
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> | Tipo de registro | Sexo | Idade | U.F. | Cidade | Em U.C? | Data do registro |
canto primário | Indeterminado | Adulto | MG | Brasilandia de Minas | - | 17/07/2018 | |
canto primário | Indeterminado | Adulto | MG | Brasilandia de Minas | - | 19/07/2018 | |
canto primário | Indeterminado | Adulto | MG | Brasilandia de Minas | - | 17/07/2018 |
Ocorre do oeste de Minas Gerais e Goiás ao Mato Grosso (Sick 1997), mas os limites de sua distribuição precisam ser melhor esclarecidos (Silveira 2008).
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A população global é menor que 2.000 indivíduos (Olmos 1998 e Antas 2006, ambos citados por Faria et al. 2009). Segundo BirdLife International (2012), há entre 600 e 1.700 indivíduos maduros.
Existem três subpopulações: uma no Pantanal, uma no vale do Araguaia e outra no vale do São Francisco (Silveira 2008). Aparenta ser moderadamente comum próximo a Poconé, no Mato Grosso, onde a pressão de caça é mais baixa (del Hoyo 1994), mas há casos de aparente extinção local em Minas Gerais, onde os últimos registros datam de 1913 (del Hoyo 1994).
Considerando-se que as políticas de ocupação do Cerrado do início deste século serão mantidas, estima-se que será perdido 1,1% de área natural ao ano nesse bioma (Machado et al. 2004).
A maior parte das informações sobre o habitat e os hábitos desta espécie provém de observações realizadas no Pantanal, onde se concentra a maioria dos indivíduos. Pode ser encontrado em diversas formações florestais, como matas secas, semidecíduas, matas ciliares e cambarazais (Silveira 2008).
Solitário ou em pequenos grupos, ocupa as copas das árvores; alimenta-se de frutos e flores de ipês, tarumãs e cipós. Não há dados sobre sua reprodução (Silveira 2008). O tempo geracional da espécie é estimado em 5,7 anos (BirdLife International 2012).
São ameaças à espécie: caça e destruição do cerrado devido aos incêndios florestais e à ocupação pela agricultura e pecuária (Sigrist 2006, Pereira & Brooks 2006). As recentes invasões em algumas unidades de conservação, como o Parque Nacional do Araguaia, certamente prejudicam as populações deste cracídeo (Silveira 2008).
A procura por novas populações é importante, especialmente em Minas Gerais, cujos registros mais recentes precisam ser melhor documentados (Silveira 2008).
A proteção efetiva das unidades de conservação onde P. ochrogaster foi registrada recentemente é uma medida importante. Embora não se tenha registro de exemplares cativos, possivelmente, a criação de um programa de cativeiro seja interessante para futuros projetos de reintrodução (Silveira 2008).
Penelope ochrogaster está contemplada no Plano de Ação para Conservação das Aves do Cerrado e Pantanal, cujos objetivos são: diminuir a perda e iniciar a recuperação de habitats, produzindo conhecimento sobre as espécies do PAN. São ações específicas para este táxon, previstas no PAN: identificação e mapeamento de áreas relevantes para implantação de corredores ecológicos nas áreas de ocorrência da espécie e incentivo à criação de unidades de conservação que contemplem populações de P. ochrogaster (ICMBio 2013).