Psophia interjecta Griscom & Greenway, 1937

Notas taxonômicas

Monotípica. Embora exista alguma diferença genética entre esta espécie e P. dextralis, a diagnose morfológica ainda necessita de maiores estudos.

Psophia viridis intejecta Griscom & Greenway, 1937
Psophia dextralis interjecta Griscom & Greenway, 1937
Português
jacamim-do-xingu
Espanhol
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Inglês
Xingu Trumpeter

Categoria para a avaliação do táxon no Brasil

Vulnerável (VU)

Critério para a avaliação do táxon no Brasil

A4cd

Justificativa para critério e avaliação

Psophia interjecta é endêmica do Brasil, distribuindo-se a sul do rio Amazonas, no interflúvio Xingu-Tocantins. É naturalmente rara. Ocupa uma das áreas mais pressionadas na Amazônia. É sensível a alterações de habitat e muito procurada por caçadores. Modelagens estimam perda de habitat que acarretará em perda populacional de 30% ou mais em três gerações (passado e futuro), o que é agravado devido à pressão de caça. Desta forma, P. interjecta foi categorizada como Vulnerável (VU) A4cd.

Histórico das avaliações nacionais anteriores

Este táxon não foi avaliado anteriormente para o Brasil.

Justificativa para a mudança

Não se aplica

Nenhuma vocalização encontrada!

Distribuição geográfica

É endêmica do Brasil, distribuindo-se a sul do rio Amazonas, no interflúvio Xingu-Tocantins (Ribas et al. 2012).

Ocorrências em UC

  • Floresta Nacional de Carajás
  • Floresta Nacional de Tapirape-Aquiri
  • Reserva Biológica do Tapirapé

Registros de Ocorrências

1 - Aleixo, A.; Carneiro, L.S. & Dantas, S.M. 2012. Aves, p.98-139. In: Martins, F.D.; Castilho, A.; Campos, J.; Hatano, F.M. & Rolim, S.G. (org.). Fauna da Floresta Nacional de Carajás: estudos sobre vertebrados terrestres. Nitro Imagens. 232p. (1)

2 - De Luca, A.C.; Develey, P.F.; Bencke, G.A. & Goerck, J.M. (orgs.). 2009. Áreas importantes para a conservação das aves no Brasil. Parte II - Amazônia, Cerrado e Pantanal. SAVE Brasil. 382p. (3)

3 - Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). 2003. Plano de Manejo da Floresta Nacional de Carajás. Brasília. 736p. (1)

4 - Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). 2006. Plano de Manejo para Uso Múltiplo da Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri. 453p. (1)

5 - ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). 2009. Plano de Manejo da Reserva Biológica do Tapirapé. Encarte 4. 180p. (1)

6 - Pacheco, J.F.; Kirwan, G.M.; Aleixo, A.; Whitney, B.M.; Whittaker, A.; Minns, J.; Zimmer, K.J.; Fonseca, P.S.M.; Lima, M.F.C. & Oren, D.C. 2007. An avifaunal inventory of the CVRD Serra dos Carajás project, Pará, Brazil. Cotinga, 27(1): 15-30. (1)

7 - Somenzari, M.; Silveira, L.F.; Piacentini, V.Q.; Rego, M.A.; Schunck, F. & Cavarzere, V. 2011. Birds of an Amazonia-Cerrado ecotone in southern Pará, Brazil, and the efficiency of associating multiple methods in avifaunal inventories. Revista Brasileira de Ornitologia, 19(2): 260-275. (1)

Recuperações no SNA Net (0)
Empreendimentos (0)
Observação Pessoal (0)
Foto (0)
Vocalizações (0)

Mapa

Legenda:
Registros de Vocalizações Registros de Fotos Registros em Publicações
Registros em Coleções Registros em Empreendimentos Registros de Observação Pessoal

População

Jacamins são naturalmente raros, ocorrendo em baixas densidades em florestas de terra firme (Oficina de Avaliação). Modelagens feitas para a Amazônia projetam uma perda de habitat para o grupo Psophia viridis + P. interjecta + P. dextralis entre 24 e 60% entre os anos de 2002 e 2032 (três gerações) neste bioma (Bird et al. 2012). Estima-se que a perda de habitat reflita em uma perda populacional equivalente ou superior, tendo em vista a sensibilidade deste táxon. Dessa forma, as perdas populacionais, considerando a janela temporal de três gerações no passado e futuro, poderão ser superiores a 30%.

Informações sobre o registro ARA-FOT-

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  • Idade

Habitat, ecologia e história natural

Ocupam florestas primárias de terra firme, sendo intolerantes a habitats alterados.

Ameaças

A maior ameaça reside na combinação do desmatamento com a caça predatória. Sua raridade natural, sensibilidade à alteração de habitat e o fato de ser espécie muito procurada por caçadores, uma vez que são aves robustas (mais de 2kg), fazem com que possa desaparecer muito rapidamente de locais com ocupação humana (Oppenheimer & Silveira 2009).

Pesquisas existentes e necessárias

São recomendadas pesquisas que esclareçam aspectos da história natural da espécie, ecologia, tamanho do território e capacidade de suporte à caça.

Ações de conservação

A ação mais relevante para a proteção da espécie é a efetiva implantação das unidades de conservação em sua distribuição. Pode ser necessária a criação em cativeiro para o repovoamento em áreas naturais. A espécie está contemplada no Plano de Ação Nacional para Conservação das Aves da Amazônia.