Monotípica (del Hoyo et al. 2017)
Criticamente em Perigo (CR)
A2cd+3cd
Psophia obscura é endêmica do Centro de Endemismo Belém, atualmente o mais antropizado de toda a Amazônia. A espécie sofreu perda de habitat maior do que 75% em relação à sua distribuição original. É sensível às alterações do seu habitat, a floresta de terra firme, e é muito procurada por caçadores. O desmatamento e a caça praticamente exterminaram esta espécie, estando atualmente restrita à Reserva Biológica do Gurupi e a uns poucos fragmentos nos municípios de Paragominas e Tailândia. A floresta primária nestas áreas remanescentes continua sofrendo degradação e considera-se que não existe mais habitat ótimo para a espécie. A pressão de caça continua intensa e evidências de sua presença em observações de campo são muito raras. Considerando-se a perda de habitat, a pressão de caça, a falta de habitat adequado para a espécie e a degradação prevista para o futuro, infere-se que o declínio populacional no passado foi maior que 80% e que nas três gerações futuras atingirá taxas semelhantes. Desta forma, P. obscura foi categorizada como Criticamente em Perigo (CR) A2cd+3cd.
Em Perigo (EN) B1ab(i) (Oppenheimer 2008).
Não se aplica
Ocorre atualmente em poucas localidades: Reserva Biológica do Gurupi (Lima & Raices 2012, Lima et al. 2014) e uns poucos fragmentos nos municípios de Paragominas e Tailândia (Oppenheimer & Silveira 2009, Santos et al. 2011).
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Ocorre em florestas primárias de terra firme. De uma forma geral, jacamins passam a maior parte do seu tempo caminhando, procurando por frutas, invertebrados e pequenos vertebrados no solo da floresta. Reproduzem-se em ocos de árvores, um hábito reprodutivo pouco comum entre os Gruiformes. Os filhotes são nidífugos. Vivem em bandos que podem chegar a 20 aves e empoleiram-se principalmente quando são ameaçados por algum predador (Sick 1997, Oppenheimer & Silveira 2009).
Jacamins são aves pouco comuns, que habitam florestas primárias de terra firme e toleram muito pouco os habitats alterados. A espécie sofreu perda de habitat maior do que 75% em relação à sua distribuição original. Além disso, como são aves um tanto robustas (podem chegar a pouco mais de 2kg de massa) são muito procurados por caçadores, desaparecendo rapidamente também em função da caça (Oppenheimer 2008, Oppenheimer & Silveira 2009).
Atualmente não são desenvolvidas pesquisas sobre esta espécie.
Psophis obscura está contemplada no Plano de Ação Nacional para Conservação das Aves da Amazônia, que prevê ações de educação ambiental abordando as ameaças específicas para este táxon (ICMBio 2012).