Monotípica (Collar 1997).
Vulnerável (VU)
A2c+3c
Pyrilia vulturina é endêmica da Amazônia brasileira, sendo restrita ao baixo Amazonas, uma das regiões com maior índice de desmatamento da Amazônia. A espécie apresenta padrões diferenciados de abundância local e é restrita a áreas de florestas primárias. Sua distribuição é sobreposta ao arco do desmatamento e suspeita-se que cerca de 60% de seu habitat original já tenha sido perdido. Infere-se, portanto, que tenha havido um declínio populacional de ao menos 30% nas últimas três gerações (21 anos). Modelagens de perda de habitat sugerem que haverá declínio populacional entre 37 e 54% nas próximas três gerações. Por estas razões, P. vulturina foi categorizada como Vulnerável (VU) A2c+3c.
Não avaliado anteriormente para o Brasil.
Não se aplica
Ocorre na margem direita do baixo Amazonas, do leste do Pará (região do rio Gurupi) e norte do Tocantins (região de Araguatins) ao leste do Amazonas (Parintins), atingindo o médio rio Tapajós (região de Itaituba) e chegando até a Serra do Cachimbo (Sick 1997, Gaban-Lima et al. 2002, Dornas & Pinheiro 2011, Santos et al. 2011). Esta espécie ocorre em simpatria com Pyrilia aurantiocephala na margem esquerda do médio rio Tapajós (Gaban-Lima et al. 2002).
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Ocorre em matas de terra firme e em beira dos rios e várzeas, sempre em mata alta (Forshaw & Cooper 1981, Sick 1997). Alimentam-se basicamente de frutos, bagas e sementes encontrados no alto de grandes árvores (Forshaw & Cooper 1981). As partes glabras na cabeça dos adultos, evita possíveis problemas gerados pelo contato desta região com a polpa dos frutos grandes, durante o processo de alimentação, característica observada também nos urubus, que introduzem a cabeça dentro das carcaças dos animais mortos. Esta característica fez com que estas aves fossem mantidas no gênero Gypopsitta por um bom tempo (Sigrist 2006).
O tempo geracional da espécie é estimado em 6,9 anos (BirdLife Interantional 2012).
A espécie ainda é encontrada em fragmentos florestais de médio e grande porte, como nas regiões de Tailândia (Reserva Florestal da Agropalma e Fazenda Rio Capim) e Tomé-Açú (várias fazendas) onde vários grupos foram registrados entre 1998 e 2009 (Portes et al. 2011). Esta espécie não é alvo do tráfico ilegal de animais silvestres (Collar 1997).
Não são conhecidas pesquisas específicas sobre o táxon no Brasil.
Pyrilia vulturina está contemplada no Plano de Ação Nacional para Conservação das Aves da Amazônia, cujos objetivos principais são: reduzir a perda e degradação de habitat e o declínio populacional das espécies-alvo até 2018 (ICMBio 2012).