Topaza pella (Linnaeus, 1758)

Notas taxonômicas

Proposta da raça pamprepta é baseada em espécimes supostamente do leste do Equador, mas trabalhos recentes concluíram que não foram obtidos no Equador, onde a espécie não foi registrada, e que pamprepta é sinonímia de smaragdulus. Três subespécies reconhecidas (Schuchmann et al. 2017).

T. p. pella (Linnaeus, 1758): leste da Venezuela e Guianas para o norte e oeste do Brasil (Roraima, Pará, Amazonas, Rondônia).

T. p. smaragdulus (Bosc, 1792): Guiana Francesa, e norte do Brasil (Amapá e centro do Pará, leste do rio Tapajós ao rio Xingu).

T. p. microrhyncha A. L. Butler, 1926: Pará (Ilha de Marajó e área leste do rio Tocantins), no Brasil.

Português
beija-flor-brilho-de-fogo
Espanhol
Colibrí Topacio
Inglês
Crimson Topaz

Categoria para a avaliação do táxon no Brasil

Menos Preocupante (LC)

Justificativa para critério e avaliação

Topaza pella ocorre na Venezuela, Guianas e norte do Brasil, abrangendo os estados do Amapá, Roraima, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Maranhão. Possui populações com estados taxonômicos diferenciados. Entretanto, nenhuma destas populações apresenta níveis suspeitados ou inferidos de ameaças. Necessita de habitats pouco ou nada perturbados para sua sobrevivência. Sua extensão de ocorrência é ampla (> de 20.000km²), incluindo grandes extensões de hábitat íntegro e não há evidências de que sua população seja menor do que 10.000 indivíduos. Desta forma, T. pella foi categorizada como Menos Preocupante (LC).

Histórico das avaliações nacionais anteriores

Não avaliada anteriormente para o Brasil.

Justificativa para a mudança

Não se aplica

Nenhuma vocalização encontrada!

Distribuição geográfica

Leste da Venezuela, Guianas e norte do Brasil, abrangendo os estados do Amapá, Roraima, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Maranhão.

Ocorrências em UC

  • Floresta Nacional do Amanã
  • Floresta Nacional de Tapajós
  • Floresta Nacional do Trairão
  • Floresta Nacional do Jamanxim
  • Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque
  • Parque Nacional Pacaás Novos
  • Parque Nacional do Juruena
  • Reserva Biológica do Gurupi
  • Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo
  • Reserva Biológica do Jaru
  • Reserva Extrativista Rio Cajari

Registros de Ocorrências

1 - Bernard, E. (ed.). 2008. Inventários Biológicos Rápidos no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, Amapá, Brasil. RAP Bulletin of Biological Assessment 48, 151p. (1)

2 - Cohn-Haft, M.; Whittaker, A. & Stouffer, P.C. 1997. A new look at the "species-poor" Central Amazon: the avifauna North of Manaus, Brazil. Ornithological Monographs 48: 203-235. (1)

3 - Griscom, L. & Greenway, J.C. Jr. 1941. Birds of Lower Amazônia. Bulletin of the Museum of Comparative Zoology, 88: 81-344. (11)

4 - Guilherme, E. 2014. A preliminary survey and rapid ecological assessment of the avifauna of Amana National Forest (Itaituba and Jacareacanga, Pará, Brazil). Revista Brasileira de Ornitologia, 22(1): 1-21. (1)

5 - Hellmayr, C.E. 1912. Zoologische Ergebnisse einer Reise in das Mündungsgebiet des Amazonas. II. Vöguel. Abh. Königl. Bayer. Akad. Wiss., Math-Physikal. Klasse, 26(2): 1-142. (4)

6 - Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). 2004. Plano de Manejo da Floresta Nacional do Tapajós. Volume 1. 580p. (1)

7 - ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). 2009. Plano de Manejo da Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo. 332p. (2)

8 - ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). 2009. Plano de Manejo das Florestas Nacionais de Crepori, Jamanxim e Amanã, localizadas no estado do Pará. 311p. (1)

9 - ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). 2009. Plano de Manejo do Parque Nacional de Pacaás Novos. 209p. (1)

10 - ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). 2009. Plano de Manejo do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque. Macapá. 299p. (1)

11 - ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). 2010. Plano de Manejo da Floresta Nacional do Jamanxim - Anexo 4.03. 30p. (1)

12 - ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). 2010. Plano de Manejo da Floresta Nacional do Trairão. 319p. (1)

13 - ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). 2010. Plano de Manejo da Reserva Biológica do Jaru. 299p. (1)

14 - ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). 2011. Plano de Manejo do Parque Nacional do Juruena. Encarte 3. 163p. (1)

15 - Lees, A.C.; Moura, N.G.; Andretti, C.B.; Davis, B.J.W.; Lopes, E.V.; Henriques, L.M.P.; Aleixo, A.; Barlow, J.; Ferreira, J. & Gardner, T. 2013. One hundred and thirty-five years of avifaunal surveys around Santarém, central Brazilian Amazon. Revista Brasileira de Ornitologia, 21(1): 16-57. (1)

16 - Lima, D.M.; Martínez, C. & Raíces, D.S.L. 2014. An avifaunal inventory and conservation prospects for the Gurupi Biological Reserve, Maranhão, Brazil. Revista Brasileira de Ornitologia, 22(4): 317-340. (2)

17 - Novaes, F.C. 1974. Ornitologia do Território do Amapá I. Publicações Avulsas do Museu Paraense Emílio Goeldi, 25: 1-121. (5)

18 - Pacheco, J.F. & Olmos, F. 2005. Birds of a latitudinal transect in the Tapajós-Xingu Interfluvium, eastern Brazilian Amazonia. Ararajuba, 13(1): 29-46. (1)

19 - Pelzeln, A. von. 1868-1870. Zur Ornithologie Brasiliens. Resultate von Johann Natterers Reisen in der Jahren 1817 bis 1835. Wien: Pichler's Witwe & Sohn. 3 vols, LIX + 462p + 17p + 2 maps. (1)

20 - Portes, C.E.B.; Carneiro, L.; Schunck, F.; Silva, M.S.E.; Zimmer, K.J.; Whittaker, A.; Poletto, F.; Silveira, L.F.; & Aleixo, A. 2011. Annotated checklist of birds recorded between 1998 and 2009 at nine areas in the Belém area of endemism, with notes on some range extensions and the conservation status of endangered species. Revista Brasileira de Ornitologia, 19: 167-184. (1)

21 - Roma, J.C. 1996. Composição e vulnerabilidade da avifauna do leste do Estado do Pará, Brasil. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas). Universidade Federal do Pará, Belém. 207 p. (13)

22 - Ruschi, A. 1951. Trochilídeos do Museu Nacional. Boletim do Museu de Biologia Professor Mello Leitão, Biologia, 10: 1-115. (2)

23 - Schunck, F.; De Luca, A.C.; Piacentini, V.Q.; Rego, M.A.; Rennó, B. & Corrêa, A.H. 2011. Avifauna of two localities in the south of Amapá, Brazil, with comments on the distribution and taxonomy of some species. Revista Brasileira de Ornitologia, 19(2): 93-107. (1)

24 - Sick, H. 1997. Ornitologia brasileira. 3ª. Ed. Nova Fronteira. 912p. (1)

25 - Stotz, D.F. 1997. Levantamento preliminar da avifauna em Roraima. In: Homem, Ambiente e Ecologia no Estado de Roraima. (eds: Barbosa, R. I.; Ferreira, E. J. G. & Castellón, E. G.). INPA: 581-608. (1)

26 - Stotz, D.F.; Lanyon, S.M.; Schulenberg, T.S.; Willard, D.E.; Peterson, A.T. & Fitzpatrick, J. 1997. An avifaunal survey of two tropical forest localities on the middle Rio Jiparaná, Rondônia, Brazil. Ornithological Monographs, 48: 763-781. (1)

Recuperações no SNA Net (0)
Empreendimentos (0)
Observação Pessoal (0)
Foto (0)
Vocalizações (0)

Mapa

Legenda:
Registros de Vocalizações Registros de Fotos Registros em Publicações
Registros em Coleções Registros em Empreendimentos Registros de Observação Pessoal

População

Espécie considerada incomum (Stotz et al. 1996).

Informações sobre o registro ARA-FOT-

    Autor da foto
  • Local da foto
  • Data da foto
  • Sexo
  • Idade

Habitat, ecologia e história natural

Topaza pella habita a mata ribeirinha, frequentemente nas copas das árvores. Alimenta-se de néctar de Inga sp., Bombax sp., Costus scaber, Pitcairnia nuda, além de epífitas de Bromeliaceae, Gesneriaceae e Ericaceae. Capturam insetos no ar, do alto de árvores.

Os machos são territorialistas (Schuchmann 1999). Nidifica em galhos debruçados sobre igarapés, tecendo um ninho em forma de taça. Toma banho em riachos e igarapés, chegando a mergulhar e nadar sob a água em curtos trajetos, saindo a seguir e sacudindo a plumagem em pleno vôo (Sigrist 2006). Durante as cerimônias pré-nupciais o macho adeja diante da fêmea, entreabrindo e fechando a cauda, “tesourando” com as retrizes alongadas ou ainda expandindo a cauda em leque (Sick 1997).

Ameaças

não são conhecidas ameaças à espécie.

Pesquisas existentes e necessárias

Não são conhecidas pesquisas específicas sobre o táxon no Brasil.

Ações de conservação

Não há ações diretas para conservação dessa espécie até o momento.