Xiphocolaptes carajaensis é uma espécie descrita recentemente (Silva et al. 2002) e tem parentesco próximo ao complexo X. promeropirhynchus (Lesson 1820).
Vulnerável (VU)
A2c+3c
Xiphocolaptes carajaensis é endêmico do Brasil, restrito ao Centro de Endemismo Xingu, ocorrendo entre a margem leste do rio Xingu e a margem oeste do rio Tocantins. Esta área perdeu, recentemente, 60% de sua cobertura vegetal e está sobreposta ao Arco do Desmatamento. Baseando-se em modelagem de perda populacional a partir de perda de habitat para espécie com distribuição e características ecológicas parecidas (Hylexetastes brigidai), projeta-se declínio de 40 a 50% em três gerações (15 anos). Assim sendo, infere-se um declínio populacional de ao menos 30% em três gerações passadas e em três gerações futuras. Por estas razões, X. carajaensis foi categorizada como Vulnerável (VU) A2c+3c.
Não avaliado anteriormente para o Brasil.
Não se aplica
Xiphocolaptes carajaensis é endêmico do Brasil, restrito ao Centro de Endemismo Xingu, entre a margem leste do rio Xingu e a margem oeste do rio Tocantins (Silva et al. 2002).
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Considerado raro em levantamentos por pontos em habitat adequado, na Floresta Nacional de Caxiuanã (Valente 2006). A espécie X. promeropirhynchus, de habitat e ecologia similares, é considerada rara ou esparsamente distribuída (Stotz et al. 1996).
Houve perda de cerca de 60% da vegetação original da área de distribuição da espécie. Considerando-se que grande parte dessa perda é recente, estima-se que tenha havido declínio populacional de ao menos 30% em três gerações passadas (Oficina de Avaliação).
Baseando-se em modelagem de perda populacional a partir de perda de habitat para espécie com distribuição e características ecológicas parecidas (Hylexetastes brigidai), projeta-se declínio de 40 a 50% em três gerações (15 anos) (Bird et al. 2012). Assim sendo, infere-se que o declínio populacional será de, ao menos, 30% em três gerações futuras de X. carajaensis (Oficina de Avaliação).
Habita florestas de terra firme, sendo incomum e local; possui alta sensibilidade a alterações de habitat. Normalmente encontrado solitário, mas acompanha bandos mistos regularmente. Também segue formigas de correição, sendo então dominante sobre outras aves. Forrageia preferencialmente no sub-bosque mais alto, podendo explorar outros estratos da floresta (Ridgely & Tudor 2009). O tempo geracional estimado para espécies similares é de aproximadamente cinco anos (BirdLife International 2012).
Uma vez que a distribuição de X. carajaensis sobrepõe-se ao Arco do Desmatamento, a perda, fragmentação e degradação de seu habitat é a principal ameaça à espécie. O fato de ser uma espécie de baixa densidade populacional e bastante sensível ao desmatamento agrava essa situação. Considera-se que cerca de 60% da cobertura vegetal da distribuição da espécie tenha sido perdida (Oficina de Avaliação). Já em 2004, 27% da cobertura florestal do Centro de Endemismo Xingu já havia sido perdida (Silva et al. 2005).