Xiphocolaptes carajaensis Silva, Novaes & Oren, 2002

Notas taxonômicas

Xiphocolaptes carajaensis é uma espécie descrita recentemente (Silva et al. 2002) e tem parentesco próximo ao complexo X. promeropirhynchus (Lesson 1820).

Xiphocolaptes promeropirhynchus carajaensis Silva, Novaes & Oren, 2002
Português
arapaçu-do-carajás
Espanhol
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Inglês
Carajas Woodcreeper

Categoria para a avaliação do táxon no Brasil

Vulnerável (VU)

Critério para a avaliação do táxon no Brasil

A2c+3c

Justificativa para critério e avaliação

Xiphocolaptes carajaensis é endêmico do Brasil, restrito ao Centro de Endemismo Xingu, ocorrendo entre a margem leste do rio Xingu e a margem oeste do rio Tocantins. Esta área perdeu, recentemente, 60% de sua cobertura vegetal e está sobreposta ao Arco do Desmatamento. Baseando-se em modelagem de perda populacional a partir de perda de habitat para espécie com distribuição e características ecológicas parecidas (Hylexetastes brigidai), projeta-se declínio de 40 a 50% em três gerações (15 anos). Assim sendo, infere-se um declínio populacional de ao menos 30% em três gerações passadas e em três gerações futuras. Por estas razões, X. carajaensis foi categorizada como Vulnerável (VU) A2c+3c.

Histórico das avaliações nacionais anteriores

Não avaliado anteriormente para o Brasil.

Justificativa para a mudança

Não se aplica

Nenhuma vocalização encontrada!

Distribuição geográfica

Xiphocolaptes carajaensis é endêmico do Brasil, restrito ao Centro de Endemismo Xingu, entre a margem leste do rio Xingu e a margem oeste do rio Tocantins (Silva et al. 2002).

Ocorrências em UC

  • Floresta Nacional de Carajás
  • Reserva Biológica do Tapirapé

Registros de Ocorrências

1 - Aleixo, A.; Carneiro, L.S. & Dantas, S.M. 2012. Aves, p.98-139. In: Martins, F.D.; Castilho, A.; Campos, J.; Hatano, F.M. & Rolim, S.G. (org.). Fauna da Floresta Nacional de Carajás: estudos sobre vertebrados terrestres. Nitro Imagens. 232p. (1)

2 - ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). 2009. Plano de Manejo da Reserva Biológica do Tapirapé. Encarte 4. 180p. (1)

3 - Pacheco, J.F.; Kirwan, G.M.; Aleixo, A.; Whitney, B.M.; Whittaker, A.; Minns, J.; Zimmer, K.J.; Fonseca, P.S.M.; Lima, M.F.C. & Oren, D.C. 2007. An avifaunal inventory of the CVRD Serra dos Carajás project, Pará, Brazil. Cotinga, 27(1): 15-30. (1)

Recuperações no SNA Net (0)
Empreendimentos (0)
Observação Pessoal (0)
Foto (0)
Vocalizações (0)

Mapa

Legenda:
Registros de Vocalizações Registros de Fotos Registros em Publicações
Registros em Coleções Registros em Empreendimentos Registros de Observação Pessoal

População

Considerado raro em levantamentos por pontos em habitat adequado, na Floresta Nacional de Caxiuanã (Valente 2006). A espécie X. promeropirhynchus, de habitat e ecologia similares, é considerada rara ou esparsamente distribuída (Stotz et al. 1996).

Houve perda de cerca de 60% da vegetação original da área de distribuição da espécie. Considerando-se que grande parte dessa perda é recente, estima-se que tenha havido declínio populacional de ao menos 30% em três gerações passadas (Oficina de Avaliação).

Baseando-se em modelagem de perda populacional a partir de perda de habitat para espécie com distribuição e características ecológicas parecidas (Hylexetastes brigidai), projeta-se declínio de 40 a 50% em três gerações (15 anos) (Bird et al. 2012). Assim sendo, infere-se que o declínio populacional será de, ao menos, 30% em três gerações futuras de X. carajaensis (Oficina de Avaliação).

Informações sobre o registro ARA-FOT-

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Habitat, ecologia e história natural

Habita florestas de terra firme, sendo incomum e local; possui alta sensibilidade a alterações de habitat. Normalmente encontrado solitário, mas acompanha bandos mistos regularmente. Também segue formigas de correição, sendo então dominante sobre outras aves. Forrageia preferencialmente no sub-bosque mais alto, podendo explorar outros estratos da floresta (Ridgely & Tudor 2009). O tempo geracional estimado para espécies similares é de aproximadamente cinco anos (BirdLife International 2012).

Ameaças

Uma vez que a distribuição de X. carajaensis sobrepõe-se ao Arco do Desmatamento, a perda, fragmentação e degradação de seu habitat é a principal ameaça à espécie. O fato de ser uma espécie de baixa densidade populacional e bastante sensível ao desmatamento agrava essa situação. Considera-se que cerca de 60% da cobertura vegetal da distribuição da espécie tenha sido perdida (Oficina de Avaliação). Já em 2004, 27% da cobertura florestal do Centro de Endemismo Xingu já havia sido perdida (Silva et al. 2005).

Pesquisas existentes e necessárias

Não são conhecidas pesquisas específicas sobre o táxon no Brasil.

Ações de conservação

Conteúdo para posterior adição.